JoLIE 6/2013

Back to issue page

 

 

 

O programa de Outdoor Training KidsTalentum no desenvolvimento das competências sociais e emocionais nas crianças do 1.º ciclo

 

 

Mário Alberto Santos, Maria da Glória Franco, Natalie Santos, Elisabete Silva

University of Madeira, Portugal

 

 

 

Abstract

 

The present article intends to describe the implementation of the KidsTalentum program and explain its premises. This program was developed in a primary school located in a community that involves a cross-cultural population (i.e., gypsies, migrants from Eastern Europe, South Africa and Latin America)facing diverse social problems. It involved 8 classes from the first to fourth form in primary school. The program aims to implement social and emotional learning strategies likely to foster better interpersonal relationship as well as contribute to school success.

The implementation of the program comprises three components: a) involvement of the school community, forwarded by informative sessions and presentation of the design of the program (10 sessions) and results (10 sessions); b) program evaluation, by means of a quasi-experimental design, with an experimental group and a control group, comprising pre- and post tests (one session per test); c) implementation of the outdoor training program to develop socio-emotional skills, which includes 22 sessions lasting 1 hour each, notably 12 sessions in regular classes (indoor) and 10 out of the classroom (outdoor) carried out as.extracurricular timing.

The Outdoor Training programs, in which this program is included, are based on adventure experiences such as walkings and field visits. It is an experiential learning technique in which participants are exposed to activities based on adventure sports and ecotourism. The KidsTalentum program consists in a set of carefully sequenced activities designed in an experiential model, inserted in nature and designed to facilitate the development and strengthening of socio-emotional skills. The skills are developed according to the following planning: 4 sessions - communication; 4 sessions - leadership; 4 sessions - stress management; 6 sessions - humor management; and 2 sessions to consolidate all competencies.

With the present KidsTalentum program one expects in addition to promote social-emotional skills,to reduce asymmetries likely to exist between and among participants, to help to improve interpersonal relationship and to facilitate adaptation to the context.

 

Key words: Social emotional skills; Outdoor training; Psychoeducational programs; Basic education.

 

 

Resumo

 

O presente artigo pretende descrever a implementação do programa KidsTalentum, assim como, explicar as suas premissas. Este programa foi desenvolvido numa escola do 1.º ciclo do ensino básico situada numa comunidade que envolve uma população intercultural (ciganos, emigrantes dos países de Leste, sul-africanos e latino-americanos) com diferentes problemas sociais. Envolveu 8 turmas de todos os anos do 1º Ciclo do Ensino Básico. O programa procura implementar estratégias de aprendizagem social e emocional que promovam melhores relacionamentos interpessoais e que podem, ainda contribuir para o sucesso escolar

A execução do programa compreende três componentes: a) Envolvimento da comunidade escolar, com sessões de informação e apresentação do desenho do programa (10 sessões) e os seus resultados (10 sessões); b) Avaliação do programa, através de um plano quasi-experimental, com grupo experimental e grupo de controlo e medidas de pré (uma sessão individual) e pós teste (uma sessão individual);c) Implementação do programa de outdoor training de treino de competências sócioemocionais, este compreende 22 sessões de 1h cada, 12 na sala de aula em horário curricular (indoor) e 10 fora da sala de aula (outdoor) em horário trabalhadas.extracurricular).

Os programas de outdoor training, onde se insere o presente programa, baseiam-se em experiências de aventura, como caminhadas e viagens ao campo. Trata-se de uma técnica de aprendizagem experiencial na qual os participantes são submetidos a atividades que tem por base desportos de aventura e modalidades do ecoturismo. O programa KidsTalentum é constituído por um conjunto de atividades cuidadosamente sequenciadas e desenhadas através de um modelo experiencial, inserido na natureza e desenhado para facilitar o desenvolvimento e fortalecimento de competências socio-emocionais. As competências são trabalhadas seguindo a seguinte planificação: 4 sessões para trabalhar a comunicação; 4 sessões para trabalhar a liderança; 4 sessões para trabalhar a gestão do stress, 6 sessões para trabalhar a gestão de humor; e duas sessões para consolidar todas as competências.

Com o programa KidsTalentum espera-se, para além da promoção das competências sócioemocioanis, diminuir as assimetrias que possam existir entre participantes e contribuir para melhorar as relações interpessoais e facilitar a adaptação ao contexto.

 

Palavras-Chaves: Competências sociais e emocionais; Outdoor training; Programas psicoeducativos; Ensino básico.

 

 

References

 

Austin, M. L., Martin, B., Yoshino, A., Schanning, K., Ogle, D. H., & Mittelstaedt, R. (2010). The intersection of community and place in an outdoor orientation program. Journal of Outdoor Recreation, Education, and Leadership, 2(1), 7492. Retrieved from https://derekogle.com/resources/pubs/Austin_etal_2010.pdf

 

Barbosa, J., (1996). Currículos para a diversidades cultural: Do debate teórico à prática. Inovação, 9, 2133.

 

Bar-On, R. (2001). Empirical support of the Bar-On model and measure of social and emotional competence. Paper presented at the Tenth Biennial Meeting of the International Society for the Study of Individual Differences, Edinburgh. Abstract retrieved from https://issidorg.com/conferences/2001-conference-edinburgh-uk

 

Bell, B., & Holmes, M. (2009). Outdoor Orientation Program Research, 1971-present. Retrieved from http://www.outdoororientationsymposium.com/resources/OutdoorOrientationResearchOverview2009.pdf

 

Bell, B. J. (2006). Wilderness orientation: Exploring the relationship between college preorientation programs and social support. Journal of Experiential Education, 29(2), 145–167. Retrieved from www.researchgate.net

 

Bell, B. J., Holmes, M. R., & Williams, B. G. (2010). A census of outdoor orientation programs at four-year colleges in the United States. Journal of Experiential Education, 33(1), 1–18. DOI: http://doi.org/10.1177/105382591003300102     

 

Bunting, C. J. (2006). Interdisciplinary teaching through outdoor education. Champaign: Human Kinetics.

 

Candeia, A. (2007). PCIS – Prova Cognitiva de Inteligência Social. Lisboa: Cegoc-Tea.

 

Candeias, A. (2008). Prova de Avaliação de Competência Social PACS. Manual Experimental. Lisboa: CEGOC-TEA, Lda.

 

Candeias, A., & Rebocho, M, (2007). Questionário de inteligência emocional de Bar-On (Instrumento não publicado de avaliação psicológica).

 

Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning – CASEL. (2005). Safe and sound: An educational leader’s guide to evidence-based social and emotional learning (SEL) programs. Chicago: CASEL.

 

Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning – CASEL. (2012). CASEL Guide 2013. Effective Social and Emotional Learning Programs. Preschool and Elementary School Edition. Chicago: CASEL.

 

De La Vega, I. (1999). Outdoor training: Aprendiendo en tiempo real. Capital Humano, 126, 5962.

 

Denham, S., Blair, K., DeMulder, E., Levitas, J., Sawyer, K., Auerbach-Major, S., & Queenan, P. (2003). Preschool emotional competence: Pathway to social competence? Child development, 74(1), 238–256. DOI: http://doi.org/10.1111/1467-8624.00533  

 

Durlak, J., Weissberg, R., Dymnicki, A., Taylor, R., & Schellinger, K. (2011). The impact of enhancing students’ social and emotional learning: A meta-analysis of school-based universal interventions. Child Development, 82(1), 405–432. DOI: http://doi.org/10.1111/j.1467-8624.2010.01564.x 

Ferreira, M. M., (2003). Educação Intercultural. Lisboa: Universidade Aberta.

 

Gass, M., Garvey, D., & Sugarman, D. (2003). The long-term effects of a first-year student wilderness orientation program. Journal of Experimental Education, 26(1), 3040. DOI: http://doi.org/10.1177/105382590302600106 

 

Goleman, D. (1995). Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva.

 

Gookin, J. (2006). NOLS Wilderness Educator Notebook. Lander: National Outdoor Leadership School.

 

Greenberg, M.., Weissberg, R. P., O’Brien, M. U., Zins, J. E., Fredericks, L., Resnik, H., & Elias, M. J. (2003). School-based prevention: Promoting positive social development through social and emotional learning. American Psychologist, 58(6-7), 466–474. DOI: http://dx.doi.org/10.1037/0003-066X.58.6-7.466

 

Hattie, J. (2011). Visible learning for teachers: Maximizing impact on learning. New York: Routledge.

 

Itin, C. M. (1999). Reasserting the philosophy of experiential education as a vehicle for change in the 21st century. The Journal of Experiential Education, 22(2), 91–98. DOI: https://doi.org/10.1177/105382599902200206

 

Jimenez, P. J., & Gómez, V. (2008). Adventure sport tourism and outdoor training: Methodology. RICYDE, The International Journal of Sport Science, 4(13), 69–79. DOI: http://doi.org/10.5232/ricyde2008.01306  

 

Kolb, D. A., & Boyatzis, R. E. (2000). Experiential learning theory: Previous research and new directions. In R. J. Sternberg & L. F. Zhang (Eds.), Perspectives on cognitive, learning, and thinking styles. Mahwah: Lawrence Erlbaum.

 

Krouwel, B., & Goodwill, S. (1994). Formação em Gestão através do Outdoors: Guia prático para conseguir os melhores resultados. Lisboa: Monitor.

 

Lantieri, L. (2008). Inteligencia emocional infantil y juvenil. Madrid: Aguilar.

 

Lathrop, A. H., O’Connell, T. S., & Howard, R. A. (2012). The impact of an outdoor orientation program on First-Year Student Perceptions of life effectiveness and campus integration. Collected Essays on Learning and Teaching, 5, 9297. DOI: https://doi.org/10.22329/celt.v5i0.3334

 

Martins, A. S. (2008). A escola e a escolarização em Portugal: Representações dos imigrantes da Europa de Leste. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação.

 

Moreira, C. E., & Munck, L. (2010). Estilos de aprendizagem versus treinamento vivencial ao ar livre. Revista de Administração da UFSM, 3(1), 925. DOI: http:// doi.org/10.5902/198346592234     

 

Pons, F., Harris, P., & de Rosnay, M. (2004). Emotion comprehension between 3 and 11 years: Developmental periods and hierarchical organization. European journal of developmental psychology, 1(2), 127–152. DOI: http://doi.org/10.1080/17405620344000022

 

Priest, S. (2001). A program evaluation Primer. The Journal of experiential education, 24(1), 3440. DOI: http://doi.org/10.1177/105382590102400108 

 

Reinoso, M. (2009). Outdoor training y la educación en valores. Sevilla: Wanceulen Editorial Deportiva, S.L.

 

Rocha-Trindade, M. B. (1995). Sociologia das Migrações. Lisboa: Universidade Aberta.

 

Rosa, A., (2002). Multiculturalidade e Educação. A Imigração em Portugal, SOS Racismo, 352365.

 

Sadalla, A. M., & Larocca, P. (2004). Autoscopia: um procedimento de pesquisa e de formação. Educação e Pesquisa, 30(3), 419433. DOI: http://doi.org/10.1590/S1517-97022004000300003

 

Santos, M. A. (2012). Outdoor Training como metodologia para mejorar la inteligência emocional de niños y jovenes (Disertación de doctorado). Universidad de Malaga, Malaga.

 

Simões, M. (2000). Investigações no âmbito da aferição nacional do teste das matrizes progressivas coloridas de Raven (MPCR). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

 

Veiga, F. H. (2006). Uma nova versão da escala de autoconceito Piers-Harris Children’s Self-Concept Scale (PHCSCS-2). Psicologia e Educação, V(1), 39–48.

 

Zimmer, T. J. (2007). The effects of wilderness-based programming and facilitated reflection on social self-efficacy among college students in freshman orientation programs. (Master’s dissertation). University of Utah, Utah.

 

 

How to cite this articleSantos, M. A., Franco, M. G., Santos, N., Silva, E.  (2013). O programa de outdoor training KidsTalentum no desenvolvimento das competências sociais e emocionais nas crianças do 1.º Ciclo. Journal of Linguistic and Intercultural Education – JoLIE, 6, 137152. DOI: https://doi.org/10.29302/jolie.2013.6.10

 

 

For details on subscription, go to: http://jolie.uab.ro/index.php?pagina=-&id=19&l=en